segunda-feira, 3 de setembro de 2007

República Oligárquica - (1894-1930) foi o período da história brasileira em que o poder ficou nas mãos das oligarquias cafeeiras. O governo federal foi controlado pelas oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais, por meio da chamada "política do café-com-leite. O "café" é referência a São Paulo, maior centro exportador de café do país, e o "leite", a Minas Gerais, apesar de esta não ter a maior produção de leite nacional.

Características
Uma característica peculiar da política brasileira durante a República Oligárquica foi a "política dos governadores", instituída no governo de Prudente de Morais (a partir de 1894). De acordo com esse arranjo, o poder federal passou a apoiar os candidatos dos governadores estaduais (elites regionais) nas eleições subnacionais brasileiras, e, em troca, os governadores passaram a dar apoio e suporte garantido ao governo federal, colaborando com a eleição de determinados candidatos para o Senado e para a Câmara dos Deputados, mediante combinações entre os governos.
Tais acordos significaram, na verdade, a execução da oposição na política brasileira, uma vez que os representantes populares eram escolhidos mediante pactos entre o governo federal e as elites estaduais, legitimadas por eleições fraudulentas, sem espaço para candidatos independentes. Nesse período, até mesmo a Comissão de Verificação de Poderes do Congresso, órgão encarregado de fiscalizar o sistema eleitoral brasileiro, se mostrava ineficiente, uma vez que era controlada pelas políticas de alianças.
Durante este período ocorreram grandes revoltas no país, como a Guerra dos Canudos, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Guerra do Contestado, Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, Movimento Tenentista e finalmente a Revolução de 1930, que colocaria este regime abaixo.
No campo da economia, foi um período de modernização - com o segundo surto de industrialização - devido à participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, porém, a cultura do café continuaria a dominar a economia até a Quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929.
Ocorreram também as primeiras greves, e o crescimento de movimentos anarquistas e comunistas nos grandes centros urbanos. Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

AS MOEDAS BRASILEIRAS

CRUZEIRO1000 réis = Cr$1(com centavos) - 01.11.1942 O Decreto-lei nº 4.791, de 05.10.1942 (D.O.U. de 06.10.42), instituiu o CRUZEIRO como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à centésima parte do cruzeiro. Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos)(sem centavos) - 02.12.1964A

CRUZEIROde NCr$ para Cr$(com centavos) - 15.05.1970 A Resolução nº. 144, de 31.03.1970 (D.O.U. de 06.04.70), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a denominação CRUZEIRO, a partir de 15.05.1970, mantendo o centavo. Exemplo: NCR$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).

CRUZADO NOVOCz$ 1000 = NCz$1(com centavos) - 16.01.1989 A Medida Provisória nº. 32, de 15.01.1989 (D.O.U. de 16.01.89), convertida na Lei nº. 7.730, de 31.01.1989 (D.O.U. de 01.02.89), instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº. 1.565, de 16.01.1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão. Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos) passou a expressar-se NCZ$ 1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).

CRUZEIROde NCz$ para Cr$(com centavos) - 16.03.1990 A Medida Provisória nº. 168, de 15.03.1990 (D.O.U. de 16.03.90), convertida na Lei nº. 8.024, de 12.04.1990 (D.O.U. de 13.04.90), restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº. 1.689, de 18.03.1990, do Conselho Monetário Nacional. Exemplo: NCZ$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).

CRUZEIRO REALCr$ 1000 = CR$ 1(com centavos) - 01.08.1993 A Medida Provisória nº 336, de 28.07.1993 (D.O.U. de 29.07.93), convertida na Lei nº 8.697, de 27.08.1993 (D.O.U. de 28.08.93), instituiu o CRUZEIRO REAL, a partir de 01.08.1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do centavo. A Resolução nº 2.010, de 28.07.1993, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário. Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos).

REALCR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) - 01.07.1994 A Medida Provisória nº 542, de 30.06.1994 (D.O.U. de 30.06.94), instituiu o REAL como unidade do sistema monetário, a partir de 01.07.1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30.06.94. Foi mantido o centavo. Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV - Unidade Real de Valor - prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94). Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A REPÚBLICA DA OLIGARQUIAS.(BRUNO HENRIQUE GOMES NORONHA )SERIE 3°B N°07

História do Brasil República República Velha, República da Espada, Presidência civil, Política dos governadores, Café-com-leite, Divisões, Aliança Liberal, coronelismo, Revolução de 30.
Marechal Deodoro da Fonseca
IntroduçãoO período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.


A República da Espada ( 1889 a 1894 )Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente : Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana )s Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das OligarquiasO período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam doseguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Política do Café-com-LeiteA maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Política dos Governadores Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
O coronelismoA figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de TaubatéEssa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
Galeria dos Presidente da República Velha : Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha(14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).

ACERVO DE NUMISMÁTICA

A coleção de numismática do Museu Histórico Nacional é a maior do gênero existente na América Latina e uma das mais importantes do mundo.
São mais de 127 mil peças, distribuídas em diversas coleções: moedas, valores impressos, medalhas, ordens honoríficas, filatelia e sigilografia.
Maiores informações pelo telefone (0xx21) 2550-9228.

Decadracma - Prata. Circa 467-465 a . C; Atenas
Da mais antiga moeda, como as dracmas gregas e os denários romanos, aos modernos cartões de banco magnéticos ou telefônicos indutivos, o acervo está classificado segundo os critérios geográfico e cronológico usualmente adotados pela numismática e fornece ao pesquisador um verdadeiro panorama da trajetória do homem em busca do estabelecimento de valores capazes de regular as suas relações cotidianas.




XII Florins - Ouro, 1645
Como pagar, por exemplo, às tropas holandesas na Recife sitiada de 1646? As moedas "obsidionais" , muitas vezes consideradas as primeiras moedas brasileiras, cunhadas sob cerco em nome da Companhia Privilegiada das Índias Ocidentais, foram a solução. São as "moedas de necessidade", como àquelas cunhadas pelos alemães em material cerâmico que substituíram, durante um curto período, as moedas de uso corrente, após a primeira guerra mundial e são conhecidas como "notgeld".




Índio - Prata. D. Manuel ( 1495-1521 )
Bastante completas, as coleções de Portugal e Brasil são significativas e incluem exemplares únicos no mundo, como as moedas "O Índio" - moeda em prata cunhada em 1499, no reinado de D. Manuel I, por ocasião da preparação da Segunda armada à Índia -, o meio tornês de cruz longa de D. Fernando ( 1367-1383 ) e o real de D. Sebastião I, datado de 1562 e raros exemplares como a "Peça da Coroação", mandada cunhar em 1822 ( tiragem de apenas 64 exemplares ) pelo Imperador D. Pedro I para ser ofertada no dia de sua coroação. Não se repetiram os cunhos da peça da coroação na emissão seguinte, em 1824, entre outras razões porque desagradou ao Imperador a sua efígie com o busto desnudo e a cabeça laureada.
Importantes, ainda, as coleções de Roma e da Grécia Antigas, que juntas reúnem 7.600 peças, sendo um meio-estáter de prata do rei Creso, da Lídia ( 560-548 a. C. ) a moeda mais antiga de todo o conjunto.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007